DILEMA

https://youtu.be/K_sAgzRbMu4

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O PICO DO CICLO SOLAR DOS 11 ANOS


É bem conhecido dos astrónomos, o "Ciclo Solar dos 11 Anos". Esse ciclo é uma consequência das variações do número de manchas escuras e de explosão solares e é conhecido e registado desde 1755.
Neste momento, as explosões do Sol atingiram o máximo (o que acontece todos os 11 anos, dando o nome ao ciclo). Essas explosões processam-se numa área solar gigantesca, desde 26 de Outubro. É libertada uma poderosa radiação, constituída principalmente protões de alta velocidade que se deslocam a 400 quilómetros, por segundo. Tem pouca ou negligenciável influência sobre a vida.
Já o mesmo não acontece aos satélites que estão a orbitar o planeta, como por exemplo os dos GPS, que se encontram no espaço, fora dos escudos protectores que são o campo magnético e atmosfera terrestre.

Mas a influência dessas variações de produção de energia, por parte do Sol, podem ter grande influência no clima da Terra. E convém aqui recordar o que aconteceu entre 1645 e 1715 (a chamada Pequena Era Glacial), quando a actividade solar desceu muito. Nesse período, chamado de "O Período de Maunder", as manchas solares tornaram-se muito raras e as temperaturas na Europa (e não só) causaram invernos extremamente frios. O inverno de 1708 a 1709 foi o inverno mais rigoroso já registado e coincidiu com o registo mais baixo de manchas solares.
O que intriga e preocupa os astrónomos é que esses ciclos têm vindo a decrescer de intensidade (ver gravura).
O que pode acontecer, para nos livrar de piores males... é que o Sol tenha também ciclos de cerca de cem anos e, felizmente, há indícios disso.

sábado, 25 de outubro de 2014

NEBULOSA DO ANEL ou M 57




A nebulosa pode ser vista com binóculos e eu próprio já a observei com um telescópio…
O objecto, de facto é uma nebulosa chamada “planetária” – os descobridores pensavam que era um planeta… mas enganaram-se. Os instrumentos da época eram de pouco alcance e não permitiam grandes observações. Foi descoberta nos finais do século XXVIII e catalogada por Messier como M 57 (M, de Messier), e está localizada na Constelação de Lira, a cerca de dois mil anos-luz da Terra. As melhores imagens que dela se tem, foram tiradas pelo telescópio espacial "Hubble", da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA).
No centro da nebulosa há uma estrela anã branca, que é o último estádio de uma estrela como o Sol, por exemplo.
Essas imagens registadas pelo "Hubble", com diferentes filtros, mostram detalhes que não eram conhecidos, e vão permitir melhor prever sobre a morte do Sol, o que deverá acontecer dentro duns seis mil milhões de anos.
A nebulosa é o resultado da transformação duma estrela parecida com o Sol, mas ao longo de milhares de milhões de anos foi queimando o seu hidrogénio e começou a definhar – sem combustível!
Nos próximos 10 mil anos, ela deverá ficar cada mais fraca até se fundir com o meio interestelar.
A nebulosa, mede cerca de um ano-luz de diâmetro e se expande a uma velocidade de 69 mil km/h. As cores, indicam diferentes temperaturas de gás, sendo o azul a temperatura mais quente e o vermelho o mais frio.

domingo, 19 de outubro de 2014

DISTÂNCIAS E MEDIÇÕES ASTRONÓMICAS


DISTÂNCIAS E MEDIÇÕES ASTRONÓMICAS


PARALAXE

A 1ª luneta astronómica fora construída em 1604, por Galileu, que através dela descobriu as luas de Júpiter, calculou a altura das montanhas da Lua e concluiu que a Via Láctea não era uma nuvem, como antes se pensava, mas sim um enorme conjunto de Estrelas. Mas já Tycho Brahé, em 1602, elaborara um catálogo das 777 estrelasfixas mais visíveis. Ao mesmo tempo, os astrónomos começaram a procurar determinar as distâncias que nos separam dessas estrelas.
O método mais corrente para se determinar distâncias dessa grandeza é o que se obtém através da paralaxe. O método requer conhecimentos de geometria, e é baseado nos ângulos que são medidos de seis em seis meses, para aproveitar abertura angulares entre pontos distanciados de 300 milhões de quilómetros – o diâmetro da órbita da Terra!
Com este método é possível saber a distância a estrelas próximas, por exemplo, à epsilon Indi (uma anã laranja um pouco mais pequena que o Sol), a 11,2 anos-luz; ou a Veja, a mais brilhante da constelação da Lira, a 26 anos-luz; ou à Próxima de Centauro, que está a cerca de 4,4 anos-luz (a estrela mais próxima de nós, a seguir ao Sol); ou à anã vermelha, Estrela de Barnard, que se encontra a 6 anos-luz, ou ainda, entre muitíssimas outras, à estrela branca Altair, da constelação da Águia (a águia voadora dos Árabes, e que para os Romanos era a companheira de Júpiter).
Mas também ainda é possível medir a distância a estrelas mais longínquas, como por exemplo à alfa de Leão, conhecida por Régulos, que está a 84 anos-luz Ou a Betelguese, em Orion, uma supergigante vermelha como a órbita de Marte, a 650 anos-luz; ou a Rigel, (o diabo, dos Árabes), na mesma constelação de Orion, uma supergigante branco-azulada, a 850 anos-luz e que é a 6ª mais brilhante do céu, pois brilha como 10.000 sóis.

EFEITO DE DOPPLER

No entanto, se pretendermos medir a distância a outras estrelas de galáxias distantes, ou às próprias galáxias, o método já não é eficaz.
Recorre-se ao efeito doppler, que nos diz que o espectro da luz dos corpos que se afastam de nós a enormes velocidades, tende para o vermelho. Essas medições são feitas por intermédio de instrumentos chamados espectógrafos e espectógrafos que analisam a luz (e a seu desvio para o vermelho), vinda das estrelas ou galáxias para onde os telescópios apontavam.

           

domingo, 12 de outubro de 2014

COMETA NO CÉU DE MARTE


No dia 19 do corrente mês, há a possibilidade de assistir a um raro evento astronómico.
Um cometa passa próximo a Marte, e isso é possível observar, na Terra.
O cometa é o C/2013 A1 Siding Spring e passará, segundo a NASA, a uns meros 140 mil kms do planeta. O cometa, que é a primeira vez que vem até ao interior do Sistema Solar, é oriundo da Nuvem de Oort, que está a mais de 100 mil U.A.
Será visível depois do crepúsculo da tarde, por volta das 19:20 horas. Estará na constelação Ofiúco, a sudoeste, próximo do aglomerado globular NGC 6401, a uns 17º de altura, e poderá ser visto com binóculos ou telescópios. A observação será possível durante aproximadamente 1 hora. Depois, já estará demasiadamente baixo, no horizonte.

1 U.A. (unidade astronómica) é a distância Terra/Sol - 150 milhões de kms