DILEMA

https://youtu.be/K_sAgzRbMu4

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

AS DUAS SONDAS VOYAGER

Uma das sondas Voyager
placa em ouro

Lançadas de Cabo Canaveral, em 1977, as duas sondas denominadas Voyager 1 e 2, tinham por missão chegar perto, fotografar e estudar os planetas exteriores, particularmente Saturno, Urano e Neptuno. A missão foi cumprida, mas as sondas não mais regressarão à Terra. Recorde-se que, entre muitos outros cometimentos, as Voyager descobriram várias novas luas em Júpiter e Urano e estudaram os campos magnéticos e os anéis desses dois planetas. Neste momento, a Voyager 1, que levou 12 anos a chegar a Neptuno, já se encontra bem para além de Plutão e percorre 520 milhões de quilómetros por ano, na direcção da constelação Hércules. Como os cientistas sabiam que a sua rota acabaria por levá-la muito para além do nosso Sistema Solar, resolveram aproveitá-la para enviar uma mensagem na direcção das estrelas. Puseram-lhe a bordo uma placa incorruptível (em ouro) com informação científica, nomeadamente a que está relacionada com todos os elementos da tabela de Mendlief, localização do Sol e da Terra, na Galáxia, entre outras. Em gravação, seguem composições musicais, saudações em cinquenta e seis línguas, incluindo uma “de baleia” e respectivas instruções para serem decifradas, a gravação do choro duma criança, além de inúmeras fotografias das mais diversas regiões, actividades humanas e  animais. Um beijo dos humanos, um tipo de peça de teatro japonês, conhecido por Shakuhachi, e outras cenas do quotidiano, poderão ajudar seres extraterrestres que a recolham, a perceber como somos. No entanto, mesmo viajando a essas altas velocidades, a sonda só virá eventualmente a passar próximo duma outra estrela, ou dum planeta extra-solar, dentro de milhões de anos. Hoje já se conhecem mais de duzentos planetas gravitando estrelas mais ou menos próximas. Mas ainda não foi encontrado nenhum que se possa dizer exactamente igual à Terra. No entanto, um, pelo menos, é relativamente semelhante e gravita em torno duma estrela, na chamada zona vital. No entanto, mesmo admitindo que exista um planeta suficientemente auspicioso, relativamente perto de nós, na rota por onde segue a nave, a probabilidade de ser habitado por seres inteligentes e tecnológicos, como nós, é quase nula. Mas mesmo assim, vale a pena tentar. Pelo menos, para os eternamente sonhadores homo sapiens sapiens, deste mundo.…

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A NAVE ROSETTA


A nave Rosetta, lançada desde a Terra, há mais de dez anos, acaba de alcançar o seu objectivo: o cometa denominado 67P/Churyumov-Gerasimenko, a cerca de 450 milhões de quilómetros, três vezes a distância que nos separa do Sol!
Recentemente, quando já a curta distância, a nave enviou uma sonda (Philae), que aterrou na superfície do cometa. Isso aconteceu como previsto, sete horas depois.
Aí, irá efectuar várias tarefas, como medir o campo magnético do cometa e realizar perfurações até os 30 centímetros de profundidade, para estudar os materiais da superfície do núcleo. A ESA (Agência Espacial Europeia – sigla inglesa), que é responsável pelo projecto, também pretende estudar a cauda do cometa, particularmente a sua água (e compará-la com a da Terra), e analisar diferentes moléculas complexas.