No
passado dia 6 de Junho deu-se um raro acontecimento celeste. O planeta Vénus
intrometeu-se entre o Sol e a Terra e provocou aquilo que em Astronomia se
chama trânsito. Tem as características
dum eclipse, mas a parte eclipsada do Sol é minúscula, e nem pode ser observada
à vista desarmada; sem comparação, neste aspecto, com os eclipses de Sol,
provocados pela Lua.
Aí, o disco solar aparece sensivelmente igual ao
do nosso satélite natural e, algumas vezes, tapa completamente o Sol.
No
caso do trânsito de Vénus, o seu disco é muito mais pequeno que o solar (ver
gravura) e apenas pode ser observado com meios ópticos apropriados.
O
fenómeno durou mais de seis minutos, sendo possível visionar em muitas regiões
do Globo. Mas não em Portugal (porque quando a Terra, Vénus e o Sol se
encontravam no mesmo enfiamento, o astro-rei ainda se encontrava abaixo do horizonte).
No Brasil, foi observado apenas em algumas regiões.
Estes
fenómenos são raros. Há dois muito próximos no tempo, mas depois é preciso mais
de cem anos para que tal volte a acontecer. O próximo só será visto no dia 11
de Dezembro de 2117!
Aquele que aconteceu no tempo de Edmond Halley (1656/1742), foi aproveitado pelo
célebre astrónomo britânico, para determinar a distância Terra/Sol, pelo método
da paralaxe, embora os instrumentos de medida, da época, não permitissem o grande
rigor que hoje se consegue.
Um comentário:
Eu acho lindo estes fenômenos. Não fosse pela comprovação científica seria um "mistério."
Obrigada pelas visitas e o carinho de sempre.
Aqui do Brasil.Um ótimo feriado.
Beijos. Edna.
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