DILEMA

https://youtu.be/K_sAgzRbMu4

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cartaz de Apresentação, em Lagos

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À atenção dos lacobrigenses.
O livro foi originariamente lançado na livraria Barata,

e depois em Faro, no Pátio das Letras,

apresentado pelo Doutor Vilhena Mesquita,

Professor da UAlg e Presidente da AJEA

(Associação dos Jornalistas e Escritores do Algarve).
Esse texto pode ser consultado aqui
A Edição é da Papiro, do Porto.
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sábado, 20 de fevereiro de 2010

ESTRELA de BARNARD




Quando olhamos para o céu nocturno, parece-nos que todas as estrelas estão estáticas.
Se vão mudando de posição é apenas porque todo o firmamento parece rodar, num todo.
Mas, de facto, assim não é. Só que os seus deslocamentos são tão pequenos que não nos são perceptíveis.
Sabe-se, por exemplo, que a Estrela Polar se está continuamente a afastar do Norte e que dentro duns milhares de anos já não servirá minimamente para indicar esse ponto cardeal.
Mas já em 1718, Edmond Hallley observara que a estrela Arcturus, tinha mudado de posição em cerca de 1 grau, em relação à medição que tinha sido feita por Ptolomeu, um astrónomo, matemático e geógrafo grego, do século II.
A Estrela de Barnard (descoberta por Edward Barnard, em 1916), é a que mais rapidamente parece deslocar-se no céu. E na verdade, tem um movimento próprio de 10 segundos de arco, por ano. Encontra-se a quase 6 anos-luz e é, a seguir às estrelas da Alfa Centauro, a mais próxima de nós. Mas é muito ténue (um centésimo da luminosidade intrínseca do Sol) e só pode ser vista com meios ópticos. É uma estrela anã vermelha tipo M5. Dentro de cerca de 8.000 anos será a estrela mais próxima do Sistema Solar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ERATÓSTENES


Eratóstenes nasceu em 276 a. C, na Grécia. É um dos sábios mais importantes da Antiguidade, tendo-se notabilizado em vários campos: foi matemático, geógrafo, astrónomo, filosofo, poeta e historiador. Em 194 a. C., morreu (provavelmente cego), em Alexandria, onde foi director da célebre Biblioteca.
Entre os seus mais relevantes feitos, descobertas e invenções, há a destacar as que empreendeu nos domínios da astronomia.
Foi ele o criador da esfera armilar; calculou a distância entre a Terra e o Sol, com uma assinalável precisão, se considerarmos os exíguos e imprecisos instrumentos da época; mediu a inclinação da elíptica; elaborou um catálogo de 675 estrelas fixas; provou a esfericidade do globo, utilizando conhecimentos de trigonometria; e calculou o perímetro da Terra.
Isto, num tempo em que praticamente toda a gente julgava que ela era "quadrada", plana, rodeada pelo fogo ou por mares indomáveis!
Este, foi, sem dúvida o seu maior empreendimento científico e um dos mais extraordinários, desses tempos. Relembre-se que a América (norte e sul), a Austrália e todas as regiões e mares austrais ainda não eram conhecidos dos europeus, nessa época.
Terá encontrado, num rolo de papiros da Biblioteca de Alexandria, a informação de que na cidade de Siena (hoje chamada Assuão), o Sol ficava a prumo, não produzindo sombra, no dia do solstício de Verão, em 21 de Junho. (Assim é, no hemisfério norte).
Essa informação foi confirmada num poço vertical, ao meio dia, por se encontrar (quase) sobre a elíptica.
Como vivia em Alexandria, reparou que as casas da cidade produziam uma sombra, cujo ângulo era possível de medir. Isto só poderia dar-se, sendo esférica a Terra!
No ano seguinte, no mesmo dia do solstício, mandou colocar um lenho direito, na vertical, em Alexandria e mediu o ângulo da sombra, que era de 7º 12’. Isto corresponde a cerca de 1/50 dos 360º da circunferência – o perímetro da Terra, em graus.
Na posse destes dados, o meridiano terrestre tinha de ser 50 vezes a distância entre Assuão e Siene!
Ao tempo, como é evidente, não havia o metro ou o quilómetro, as maiores distâncias mediam-se em estádios. Mandou medir essa distância, diz-se que, a passo de camelo, que é um passo certo, muito regular. É fácil perceber os erros acumulados que foram cometidos. Mas, mesmo assim, a distância foi medida em cerca de 5.000 estádios (cerca dos 925 quilómetros actuais). Multiplicou os dois números e encontrou um perímetro de 46. 250 quilómetros, contra o valor real de cerca de 40.000, que hoje se conhece.
O erro é perfeitamente compreensível.
O método é genial.