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Já depois de Kepler ter publicado as suas famosas leis e Isaac Newton ter elaborado a célebre obra ″Phiolophie Naturalis Principia Mathematica″, Edmond Halley, no século XVII, calculou a órbita dum cometa que nessa altura se encontrava no céu e deduziu que ele regressaria uns 76 anos depois.
Contrariava, de certo modo, o que previra Newton, ao inclinar-se para órbitas hiperbólicas dos cometas, em detrimento das também possíveis elípticas ou parabólicas. No entanto, o cometa voltou, tal como fora previsto! A sua órbita é elíptica, como o astrónomo calculara.
O cometa passou a chamar-se Halley e, sabe-se hoje, há um registo do mesmo cometa observado, em
Por esse tempo já os astrónomos sacerdotes chineses realizavam muitas observações, não só de cometas como a todo o céu. No livro do príncipe Huai Nan há um registo da passagem dum cometa, datando de
O Halley é, seguramente, o cometa mais importante de toda a História. Não propriamente pelas suas dimensões e as suas regulares (por vezes espectaculares aparições), mas porque, através dele, se começou a perceber a verdadeira natureza dos cometas e o carácter peculiar destes objectos do Sistema Solar.
É bom lembrar que Aristóteles (384-
No entanto, para Pitágoras os cometas eram astros errantes. Outros eminentes gregos, como Demócrito, Anaxágoras e Artemidoro de Parium, produziram outros juízos, mais ou menos imaginativos, mas longe daquilo que hoje se sabe.
Interessante foi a teoria que Séneca (
Esta teoria não veio a prevalecer. Na Idade Média retomou-se, como se sabe, muito do que, em épocas anteriores, havia de irracional, agoirento ou demoníaco.
*A gravura mostra como os antigos chineses viram determinados cometas.