Nos domínios desta constelação estão patentes várias curiosidades importantes. Para além da famosa nebulosa do caranguejo, há dois aglomerados de estrelas, as Híades e as Plêiades (estas últimas, na direcção de Orion e facilmente observáveis à vista desarmada), e ainda, regularmente, uma chuva de meteoros (vulgo, chuva de estrelas), cujo radiante parece emanar da estrela epsilon. Este acontecimento tem lugar todos os anos, no dia 8 de Novembro, verificando-se uma queda máxima de doze meteoros por hora, nesse dia. De referir que, anualmente, há outras chuvas de meteoros bem mais significativas, noutras épocas do ano, e provenientes doutras regiões do céu.
A nebulosa do caranguejo é o resultado duma super nova (estrela em estado explosivo, brilhando mais que mil sóis) que teve lugar no ano de 1054, da nossa era, e que terá sido observada pelos astrónomos chineses desse tempo e pelos índios navajos da América.
Anteriormente não era visível a olho nu, mas de repente começou a brilhar na abóbada celeste, durante semanas, sendo visível, mesmo de dia e desapareceu sem deixar rasto.
Parece vagamente ter a forma dum caranguejo e é conhecida pela M1, do catálogo de Messier, ou pela NGC 1952, dum catálogo mais recente. Não é observável à vista desarmada mas, em 1968, utilizando potentes telescópios, os astrónomos descobriram que, no seu interior, se encontra um pulsar, confirmando a tese de que ela é o resultado da explosão duma estrela de grandes dimensões e massa.
O enxame das Plêiades, ou M45, conhecido, entre nós, pelo sete-estrelo, encontra-se a mais de quatrocentos anos luz, de nós. Uns bons binóculos ou os telescópios revelam que as sete estrelas são, na realidade, muitíssimas mais, cerca de duzentas. As fotografias de longa exposição que hoje têm sido feitas ao aglomerado dessas estrelas, mostram uma cor de fundo azulada, que é entendida como o resultado dos gases e poeiras que ainda formam uma gigantesca nuvem onde, desde há poucos milhões de anos se têm vindo a formar novas estrelas.
Para terminar, diremos que das centenas das outras estrelas que compõem o enxame das Híades, é possível vislumbrar cerca de vinte e quatro, em óptimas condição de visibilidade. Todo o conjunto encontra-se a cerca cento e cinquenta anos luz, bastante mais próximo que as Plêiades.
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Imagem Google
12 comentários:
PEna eu souber da chuva de meteoros só hoje, pois se oubesse ontem passaria anoite observando o céu
Todo o conjunto encontra-se a cerca cento e cinquenta anos luz
gosto de saber que s eencontra a esta distãncia... longe do ser humano
Vieira Calado,
Muito interessante este seu blogue, que desconhecia. Vou adicioná-lo aos meus favoritos para poder visitá-lo facilmente e com a frequência pretendida.
Um abraço.
Céus quanta informação! Quanta coisa desconhecida, para mim claro!
É sempre um prazer vir até aqui pois levo sempre na bagagem grandes e enormes lições de astronomia.
Venho poucas vezes agora meu caro pois alterei um pouco os meus hábitos. Não esqueci no entanto os amigos e por isso cá venho desejar-lhe uma boa semana.
Um abraço
António
Algumas vezes por aqui passo pois é uma matéria que muito me agrada. Com sou um leigo em astronomia, não me tenho manifestado.
Os meus parabéns pelo trabalho exaustivo que isto implica.
Touro, é a minha constelação.
Um abraço
Vieira,
O universo está cheio de segredos guardados, que à medida que as tecnologias vão evoluindo se vão transformando em mistérios para o homem procurar desvendar.
Abraço.
mais uma excelente lição! gostei muito. Obrigada.
um abraço
mariam
Estas constatações astronomicas são sempre interessantes.
Cadinho RoCo
Que complexidade!
beijinhos e um excelente fds
Ola! muito me honra a sua visita ao meu blog. pois Astronomia é um tema de que gosto e procuro informar-me. vou estar atenta a este espaço!. bom fim de semana.
Ao ler algo sobre o mundo longínquo, fica-nos a idéia de algo fantasmagórico.
Um abraço.
Manuel
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