DILEMA

https://youtu.be/K_sAgzRbMu4

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O PLANETA VÉNUS

.
VÉNUS


.
UM POUCO DE MITOLOGIA
planetas #2

O nascimento de Vénus, quadro de Botticelli.

O planeta Vénus era a deusa da beleza e do amor, para os antigos romanos. Se aparecia pelas manhãs chamavam-lhe Hesperius, e Fósforo, pelas tardes. Para os gregos era Afrodite.
Esta deusa foi uma das divindades mais veneradas na antiguidade. Segundo a lenda, nasceu da espuma do mar. Uma concha de madrepérola cobriu essa espuma, servindo-lhe de abrigo. Mais tarde, foi levada pelo mar até à ilha de Chipre, onde se abriu, fazendo surgir Vénus. Zéfiro, um dos oito ventos, entregou Vénus às mãos das Musas, que se encarregaram de criá-la e educá-la. A história da deusa prossegue com o seu casamento com Vulcano, o desajeitado e o feio deus que trabalhava na forja, coadjuvado pelos ciclopes, que eram uns horríveis gigantes de um só olho. Entre outras missões, fazia os raios do trovão, que Júpiter (o deus supremo) utilizava para descarregar a sua fúria e o seu castigo sobre os mortais que se portavam mal.
Sendo feio e desajeitado como era, Vulcano foi enganado de mil formas, por sua belíssima e sensual esposa.
A aventura amorosa que a deusa do amor teve com Marte, o deus da guerra, foi a mais escandalosa que se deu na morada dos deuses, o monte Olimpo, e desses amores nos faz eco Camões, numa passagem dos Lusíadas.
Encontravam-se muitas vezes, em local secreto. Ora, certa vez, Febo, também considerado como Apolo, o Sol, e que também amava Vénus, seguiu os dois apaixonados até ao seu esconderijo secreto e, espiando-os de perto, chamou Vulcano para se dar conta do que sucedia. Apanhando os amantes em flagrante, Vulcano envolveu-os numa forte rede invisível e chamou todos os deuses para que testemunhassem o adultério.
Desse amor com Marte, Vénus teve um filho, Cupido, ou Eros, o deus do amor.
Percebendo os males que Cupido poderia causar, devido ao adultério, Júpiter pediu a Vénus que se desfizesse dele, mas ela não lhe obedeceu. Como Cupido estivesse condenado a ser sempre criança, enquanto não tivesse outro irmão, Vénus teve outro filho de Marte, Anteros, ou o antiamor, "aquele que transforma o amor em ódio".
Além de Cupido, Vénus teve outros amores, como Baco (o deus do vinho).
Mas a sua maior paixão foi por Adónis, um mortal que era mais belo do que qualquer dos deuses. Por ele, Vénus fugiu do Olimpo e desdenhou da companhia dos deuses. Foi por isso que, Marte, cheio de ciúmes, se transformou em javali, atacou Adónis e o matou. Vénus, depois de muito chorar, transformou Adónis numa efémera e bela anémona.
Neptuno terá sido o seu último esposo. A lenda diz-nos que Neptuno, um deus marinho muito antigo, filho do Oceano e de Tétis, casou-se com sua irmã gémea, Dóris, que lhe deu cinquenta belíssimas ninfas marítimas que foram chamadas Nereidas. Neptuno tinha o seu palácio no fundo do mar, cavalos com crina de ouro que puxavam o seu carro por sobre as ondas, e ostentava um tridente. Apaixonou-se por Anfitrite, mas esta, temendo a severidade do deus e os perigos dos abismos, fugiu amedrontada. Refugiou-se nos rochedos próximos ao Monte Atlas, mas lá foi encontrada por dois golfinhos que a persuadiram a aceitar o amor de Neptuno. Anfitrite deixou-se convencer e os dois peixes a levaram para junto do deus marinho que, agradecido, pediu à Júpiter, seu irmão, que os imortalizasse.
Neptuno e Anfitrite formaram um casal muito feliz e de sua união nasceram não só inúmeras Ninfas marinhas, como também o mais famoso dos divinos seres da água, Tristão.
Uma outra lenda conta que dois golfinhos salvaram a vida de Vénus e de seu filho, Cupido, quando ambos eram perseguidos pelo gigante Tifon, durante a guerra que Júpiter desencadeou contra os monstruosos gigantes.
Mas isto são histórias de outros tempos, deuses, prodígios e mistérios insondáveis.
Hoje em dia, os astrónomos procuram desvendar os segredos mais íntimos da deusa - o planeta Vénus, o segundo a contar do Sol, ainda envolto em muita sombra e desconhecimento.
Uma das maneiras tem sido enviar sondas, para descer até às profundezas da sua densa atmosfera.
É o que veremos numa posterior postagem.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

.
O SOLSTÍCIO DE VERÃO
.
Vista Geral de Tambores do Vale
.

Solstícios são os momentos em que o Sol atinge o seu maior afastamento em relação ao equador terrestre e acontecem duas vezes por ano: em Dezembro e em Junho, iniciando o Inverno ou o Verão. Não acontecem sempre nas mesmas datas, devido aos anos bissextos terem mais um dia.

Neste ano de 2008, o início do Verão é às 23horas e 57 minutos do dia 20 de Junho.

No nosso hemisfério, no dia do Solstício de Verão, a duração do dia atinge o seu máximo, enquanto que a noite é a mais pequena. No hemisfério sul, as situações invertem-se.

Este fenómeno é responsável pela existência (virtual) dos trópicos. No hemisfério norte, o Sol encontra-se a pino, sobre a linha que define o trópico de Câncer.

A data é festejada desde a Antiguidade, um pouco por todo o lado.
Já os Romanos a festejavam, em honra da deusa Vesta (a personificação do fogo sagrado) e, posteriormente, quando Roma se cristianizou, passou a culto a S. João Baptista. João Baptista, para os Cristãos é o testemunho da Luz, o Baptismo, ou seja, a Renovação.
Em Portugal, como já vai sendo hábito, haverá celebrações em em Foz Côa, onde se encontra um antiquíssimo altar, em pedra, na zona castreja de Chãs, provavelmente da mesma origem das célebres gravuras de Foz Côa. Essa Pedra do Solstício tem uma forma arredondada e o culto (julga-se, muitíssimo antigo) consubstancia-se pela maneira como os raios solares parecem tocar a pedra, no momento do Solstício.
Um dos pontos alto dos festejos, é no dia 21, com a participação da Associação Cultural Pagã e os Grupos de Gaiteiras (Las Trailarailas) e Pauliteiros de Duas Igrejas, Miranda do Douro, após o que haverá um arraial popular.

Mas também em vários outros pontos do país o solstício de Verão vai ser assinalado. Especial referência para a recriação da experiência do grego Eratóstenes - que permitiu determinar o perímetro da Terra. Essa recriação está a cargo dos centros Ciência Viva de Estremoz e de Constância, entre as 10 e as 15 horas de Sábado.

Eratóstenes, um geógrafo e matemático que viveu há mais de 2000 anos, utilizou as sombras projectadas pelo Sol em dois locais do actual Egipto e simples cálculos geométricos, para determinar as principais medidas da Terra.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O ..S.O.L


O Sol está apenas a cerca de oito minutos-luz, comparado com os 4,5 anos-luz a que se encontra uma estrela do sistema de Centauro, a segunda mais perto de nós. A distância da Terra ao Sol é de 150 milhões de quilómetros. A radiação solar é muito complexa. Ela é composta não só pela luz visível (que podemos admirar pelas cores do arco-íris), mas também por raios ultravioletas, infravermelhos, ondas rádio, raios x e neutrinos que são invísiveis. Da parte que nos chega sob a forma de radiação electromagnética, cerca de metade é luz visível. Algumas das radiações, mesmo se em pequenas quantidades, são perigosas para a saúde ou, mesmo, incompatíveis com o nosso sistema vegetativo. Entre toda uma enorme gama de radiação, o Sol envia-nos raios x, que, como se sabe, são mortais, se absorvidos continuadamente pelo nosso protoplasma. Felizmente, eles não chegam à superfície do nosso planeta, pois são absorvidos pela atmosfera. Também uma parte dos ultravioletas é filtrada pelo ozone das altas camadas da atmosfera terrestre, iludindo, portanto, as medições que se fazem nos observatórios astronómicos implantados um pouco por todo o lado, no Mundo. O mesmo sucede com os raios cósmicos. Ao penetrar na atmosfera do planeta, são literalmente desfeitos noutras partículas que, após essas transformações, seguem na direcção da superfície terrestre, sem causar grandes danos.
..
Na imagem: o Sol visto com um filtro especial. Podemos observar que, afinal, a sua superfície não é como parece. A todo o momento de estão a dar convulsões gigantescas.