DILEMA

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domingo, 24 de abril de 2011

A RADIAÇÃO SOLAR

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A radiação que chega até nós, vinda do Sol, é de natureza diversa e envolve uma série de fenómenos diversos. Para os povos mais antigos, ela resumia-se à luz visível e, mesmo assim, essa luz parecia ser una e indivisível. No entanto, os estudos do inglês Thomas Young, vieram a mostrar a realidade dessa luz. Ela, de facto, é composta de várias luzes diferentes, que podemos verificar (e apreciar) num arco-íris. Quando se dá esse belo fenómeno atmosférico, a luz solar é decomposta em luzes de sete cores diferentes. O mesmo se passa quando a fazemos atravessar o prisma óptico, em laboratório. Ao atravessar o prisma de vidro ou a viajar por entre as gotículas de água que se mantém em suspensão depois da chuva, o conjunto da ondas luminosas que compõem a luz solar, é fraccionada segundo as suas características electromagnéticas. A cada uma dessas cores corresponde um diferente comprimento de onda da radiação solar e cada uma dessas luzes tem características físicas diferentes. Por exemplo, ela é mais fria e mais penetrante nas imediações do violeta e mais quente e menos penetrante, nos vermelhos.
No entanto, a radiação solar não se esgota nestas sete cores e seus correspondentes comportamentos físicos. Além dos raios ultravioletas, que têm um efeito nocivo e perigoso na pele dos veraneantes (mas também no resto da fauna e da flora do planeta...), particularmente se se trata dos ultravioletas duros, que são os mais penetrantes, temos ainda a os raios x e os raios gama, muito mais perigosos que os ultravioletas. O ozone e a atmosfera protegem-nos dessas radiações mortíferas.
Ainda a considerar, na radiação solar, o efeito dos raios cósmicos que, como o nome sugere, parecem vir do Cosmos longínquo. Mas assim não é. Eles chegam-nos de todas as zonas do espaço cósmico e são oriundos de estrelas comuns, inclusivamente do Sol. São entidades como núcleos de hélio e até núcleos de elementos pesados. Chegam à Terra com velocidades apenas um pouco inferiores à velocidade da luz e geralmente não atingem a superfície do nosso planeta. Como são de dimensões idênticas ao oxigénio ou ao azoto da atmosfera, chocam com esses elementos ao entrar nas altas camadas atmosféricas, produzindo fenómenos interessantíssimos que são estudados atentamente na física atómica.
Para finalizar, vamos referir os neutrinos. O número de neutrinos que chega à Terra é colossal. Têm características que os tornam quase indetectáveis, porque são partículas electricamente neutras (tal como os fotões), e ainda muitíssimo mais pequenas que eles. Assim, não são atraídos ou repelidos pela matéria comum e passam facilmente por entre ela, sem esbarrar com os núcleos de todos os elementos da natureza (atravessam o nosso corpo, em todos os sentidos, sem que demos por isso e sem nos causar qualquer dano), podendo também atravessar de lado a lado toda a Terra (e mesmo o Sol), sem praticamente interagir com a matéria.
A existência desta partícula quase fantasma, tinha sido proposta pelo físico austríaco Pauli, em 1930, para tentar explicar determinados problemas que se punham com a desintegração do neutrão. Mas foi Enrico Fermi, ainda no mesmo ano de 1930, que elaborou um modelo para o átomo, que incluía o neutrino. Como era italiano, chamou-lhe neutrino, ou seja: pequeno neutrão.
A existência da partícula acabou por ser provada. Porém, subsiste um mistério. Porque é que chegam à Terra muito menos neutrinos dos que são previstos teoricamente?
Haverá qualquer coisa que ainda não foi bem compreendida nessa partícula fantasma, ou haverá algum erro importante, nos mais recentes modelos que procuram explicar o funcionamento do Cosmos?
Recentemente, pensa-se que se transformam, pelo caminho.

4 comentários:

R. disse...

Como sempre, muito didático, esclarecedor e interessante.

francisco disse...

diz uma lenda que alguns se transformam em nêsperas, e outros não.

Gislene disse...

Que blog fantástico!
Adorei.

Te sigo com alegria!

Gislene.

Ariel disse...

What interesting blog!