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O Homem é um animal curioso e deve o seu estado actual de desenvolvimento, a esse espírito diligente e singular. Não andaremos longe da verdade se dissermos que desde sempre procurou conhecer tudo quanto o rodeia. Essa é a sua condição de humano, provavelmente já patente nos desígnios dos nossos tetravós europeus Cro-Magnon e Neardenthalis ou, até mesmo, no mais remoto africano Ramipithecus, donde, ao que tudo indica, descendemos.
Podemos dar-nos ao devaneio ou ao exercício de procurar escalar o passado mais longínquo e imaginar os nossos primitivos antepassados a olhar as estrelas do céu nocturno, com assombro e temor, procurando encontrar explicações para o seu brilho incorruptível, ou para outros eventuais fenómenos celestes que ante si se desenrolavam, fossem eles o simples esvaziamento e enchimento da Lua, fosse ele algum cometa ou uma super-nova a inundar de luz, os céus.
Infelizmente, muitas dessas explicações tinham pouco de coerência ou nexo.
Foi, por certo, o movimento do Sol que primeiro despertou os espíritos para uma possível referenciação para marcar o tempo. Depois, as alterações observadas no curso do Sol, ao longo do ano, deram-lhe o conhecimento da regular chegada das estações e as suas consequentes modificações atmosféricas, sendo datados dos anos próximos de 4000 a .C., os registos mais antigos da observação de acontecimentos astronómicos, no Egipto, na Mesopotânia e América Central.
Com esses novos dados era possível tirar partido das características e das particularidades das estações, de molde a melhor conduzir o amanho dos campos e a colheita das sementeiras.
Ao mesmo tempo, a observação do decurso do Sol, trouxe a inevitabilidade de outras anotações, onde se incluíam os eclipses. A primeira observação e registo desse fenómeno singular terá tido lugar na China, do ano de 2697 a .C.
Mais tarde, o ocaso e o nascimento de algumas estrelas brilhantes terão passado a ser registados, um pouco por todo o lado, no planeta, por povos de diferentes civilizações e graus de desenvolvimento. Esses registos eram, particularmente, os dias dos equinócios e dos solestícios. Essas datas conduziram aos primeiros calendários solares, por volta de 2000 a .C. Conhece-se os que, por essas alturas, apareceram na Mesopotânia e em Stonehenge, nas Ilhas Britânicas, geralmente sob a forma de edificações em pedra e que, provavelmente, também envolviam um sentimento religioso. Como é sabido, os povos mais antigos atribuíam um enorme significado aos acontecimentos celestes, e isso terá originado um conjunto de crenças, rituais e regras de índole religiosa, envoltas no maravilhoso mundo dos mitos e das narrativas fantásticas que prevaleceram durante séculos, em muitas civilizações.
4 comentários:
Olá querido, vim desejar-te um belo fim de semana, com estrelas muita, e luar esplendoroso.
E recusaram ouvir-te, e não se lembraram das tuas maravilhas, que lhes fizeste, e endureceram a sua cerviz e, na sua rebelião, levantaram um capitão, a fim de voltarem para a sua servidão; porém tu, ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em beneficência, tu não os desamparaste. Neemias 9:17
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texto esclarecedor,
de um conhecedor nato !
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saudações !
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Gostei muitíssimo de ler seu texto.
Quantas descobertas passadas! Acho que daqui a centenas de anos, ainda não haverá muita coisa a descobrir.
Grande bj. Edna Campos
Esses povos antigos eram mesmo rudimentares.
Deixarem monumentos megalíticos e outros mais pequenos.
O que os estudiosos matam a cabeça e não descobrem o que "eles" queriam transmitir.
Quem sabe o que representa Stonehenge.
Bem, sempre é bom saber que nenhuma religião reclamou a sua construção ou posse.
Como "analfabetos" ... o trabalho que têm dado aos eruditos que nada sabem, nem sequer desconfiam.
E calendários em pedra ... não serão um bocado pezadotes?
Cumprimentos
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