DILEMA

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O CARANGUEJO (nebulosa)



O ano de 1054 da nossa era, ficou para a história da astronomia como o ano em que a primeira supernova foi descrita pelos habitantes do planeta. O acontecimento foi registado no dia 4 de Julho, pelos astrónomos Chineses da dinastia Sung, que chamaram ao fenómeno, estrela convidada.
Mas também, por outros povos da Terra. Os índios Navajos, de Chaco Canon, no Novo México, gravaram o fenómeno, numa pedra, tendo o cuidado de aí colocar a Lua, na sua correcta fase, e algumas estrelas próximas, tal como observaram. Isso permitiu que os modernos astrónomos soubessem que o fenómeno registado por esses índios americanos, fora o mesmo que os chineses registaram.
O que aconteceu foi qualquer coisa de verdadeiramente surpreendente. Numa região do céu, na constelação do Touro, onde não havia nenhuma estrela proeminente, apareceu, subitamente, um luzeiro de grande intensidade a aumentar o seu brilho, de noite para noite, de tal maneira que, em poucos dias, o seu resplendor chegou a atingir cinco vezes o do planeta Vénus e ser claramente visível, em pleno dia!
Tratava-se duma supernova, ou seja: uma estrela que explodiu, debitando tanta energia em poucas semanas, como o nosso Sol o tem vindo a fazer, desde há milhares de milhões de anos!
Assestando os telescópios para o sítio exacto onde se verificou o acontecimento, os astrónomos de hoje podem observar uma nebulosa que, vagamente, faz lembrar um caranguejo, sendo conhecida por esse nome. Messier, um astrónomo que elaborou o primeiro mapa celeste dos tempos modernos, deu-lhe a designação de M 1. Encontra-se a mais de três mil anos luz da Terra e no seu centro está um estrela de neutrões – um pulsar – que gira sobre si mesmo, trinta vezes por segundo.
Quando, a intervalos de quarenta ou cinquenta anos, se tiram fotografias ao pulsar, pode ver-se que a explosão não chegou ao fim. Na verdade, filamentos visíveis de matéria, ainda se afastam do centro, a cerca de mil quilómetros por segundo, passado que foi mais dum milénio, sobre esse tão extraordinário acontecimento!

3 comentários:

Valquíria Calado disse...

...então, eu creio, também, as ações nossas, terão reações futuras, mesmo que ñ as vejamos... a lei também no viver...assim em todo ser.

xistosa, josé torres disse...

Isto é que é um post onde me encontro com todo o à-vontade.
Até eu sinto o pulsar de todos esses fenómenos terrestres que ainda não chegaram ao fim... do "descascar" o caranguejo, ou em alternativa, como não chega para todos, acrescento-lhe uma sapateira da Escócia já cozida e no seu "molho".
Depois de "descascada" e junta com cebola bem picada, maionese, ovo cozido, um bocado de broa e... muito importante, noz moscada e um pouco de picante, também nos faz girar a uma velocidade assombrosa.
Há quem lhe junte, num copo ao lado, ou caneca, umas cervejolas.
Caríssimo amigo, acredita que também ainda consigo ver a luminosidade da explosão que não chegou ainda ao fim.
Abençoada gastronomia... oh! diabo.
Aqui falava-se de astronomia. É uma questão de somenos o "gas" ou o ast".
Com a confusão que reina no "reino", ninguém dá por ela.

Uma bom fim de semana e um abração do mesmo de sempre.

Je Vois La Vie en Vert disse...

Como eu aprendo contigo, amigo !
Obrigada pela intenção de me oferecer um muguet - na Bélgica existe a mesma tradição -, eu fiquei encantada porque gosto é uma das minhas flores preferidas !
Se quiseres, podes levar o meu selo como com os lírios do vale "porte-bonheur" que se encontra na parte lateral do meu blog.
Beijinhos verdinhos