As coincidências citadas no anterior postagem, de 17 de Setembro, Constelação do Touro (1), têm feito com que certos estudiosos destas matérias se tenham debruçado sobre elas e tenha sido aventada uma ideia curiosa:
há cerca de dezasseis mil anos, o nascimento da constelação do Touro deveria fazer-se próximo do equinócio da Primavera, trazendo, possivelmente, aos de então, quer aos europeus e norte-africanos, quer aos povos das américas, uma imagem de paraíso do regresso à terra-mãe, com temperaturas amenas e bucólicos prados e vacas, dado pela sensação de calor (pensava-se) que emana da alfa, Aldebaran - (o olho do touro, segundo a mitologia árabe) -, uma gigante vermelha alaranjada.
Aldebaran é a mais brilhante da constelação e, por isso, há dois ou três milénios, por vezes, era utilizada para orientação no mar. Assim sendo, é fácil de perceber a importância que tinha. E nesse tempo, marcava o equinócio de Verão.
Em termos astronómicos, a estrela encontra-se relativamente próxima do nosso sistema solar, a sessenta e cinco anos luz.
Na constelação, as suas estrelas beta e zeta representam as pontas dos cornos do touro e perfilam-se, em riste, ameaçadores, na direcção de Orion, segundo reza a Mitologia.
Dizer-se que é uma constelação do Zodíaco, significa que se encontra no equador celeste. Vista da Terra, a projecção desse grupo de estrelas, no céu, parece ser anualmente atravessada pelo Sol, entre meados de Abril e meados de Maio. O mesmo acontece com as outras constelações ditas do Zodíaco, cada uma delas correspondendo a um período de tempo semelhante, no que respeita ao trânsito aparente do Sol, ao longo do céu.
6 comentários:
Curiosa esta referência (e explicação) à diferenciação do Zodíaco de hoje para o da Antiguidade...
Abraço!
Gostei (muito)!
Obrigada.
sorrisos :)
mariam
Amigo Vieira Calado
O fascínio do homem pelo céu estrelado é comprovado pela história da astronomia, como tão bem é exposto, pelo amigo na postagem (1) relativa à Constelação do Touro, acho curioso que os Incas na sua mitologia, lhe tivessem dado o nome de “prado” pela sua representação.
Utilizar as estrelas, neste caso "Aldebaran" para orientação no mar, vem corroborar a afirmação de que a "astronomia está na génese da ciência".
É fantástica, a maneira, como o amigo Vieira Calado relaciona a mitologia e lendas de outrora com os factos científicos de hoje, mostrando-nos assim o caminho percorrido pelo Homem, acumulando saber, desenvolvendo a ciência.
Obrigado
Um abraço
Carlos Rebola
Vou aproveitar para aprender qualquer coisa sobre o tema.
Vou voltar mais vezes.
Um abraço
Eu não conheço a constelação de Touro, ou de Taurus que seja, nunca tive alguém que apontasse pro céu e me dissesse, ta vendo aquela constelação ali... é a de touro, mas sei que ela fica próxima a de orion, o que facilita a localização
Abraços chefe
65 anos luz; isso nao é nada!!!
Beijinhos
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